No mês em que se faz campanha para a prevenções de doenças renais, é importante alertar a população sobre um problema muito comum, principalmente com a chegada da terceira idade: a incontinência urinária, cujo dia mundial de conscientização é 14 de março. A incontinência Urinária é definida pela perda involuntária de urina. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, no Brasil mais de 10 milhões de pessoas (entre homens e mulheres), de diferentes faixas etárias, sofrem com essa disfunção que é mais comum em mulheres e pode interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida. No idoso, um em cada três, tem sintomas de incontinência urinária. O problema é comum, mas muita gente tem vergonha de falar sobre ele, ou simplesmente acredita que ficar incontinente faz parte do processo de envelhecimento. Mas não é bem assim, a doença pode ser prevenida e tem cura. Os principais tipos de incontinência urinária são:
Incontinência Urinária de Esforço: a pessoa perde urina ao rir, tossir, espirrar, exercitar-se, subir escadas, levantar peso ou exercer alguma outra forma de pressão sobre o assoalho pélvico. Atinge especialmente mulheres em meia idade, por influência das alterações hormonais, sobrepeso/obesidade e fraqueza da musculatura do assoalho pélvico.
Incontinência Urinária de Urgência: é uma vontade repentina de urinar, na qual muitas vezes não é possível chegar a tempo ao banheiro antes que haja o vazamento de urina. Isso pode acontecer mesmo quando há pouca quantidade de urina na bexiga e uma das maiores causas é a Síndrome da Bexiga Hiperativa. É o principal tipo que acomete idosos.
Incontinência Urinária Mista: quando há características de mais de um tipo de incontinência.
O tratamento varia de acordo com o tipo, a causa e a gravidade, podendo muitas vezes haver uma combinação de abordagens interdisciplinares com o médico e fisioterapeuta. Estudos demonstram que a fisioterapia pélvica pode melhorar a condição do paciente com incontinência urinária em até 80% dos casos ou até levar à cura. Confira abaixo o tratamento por meio da fisioterapia:
A fisioterapia pélvica é reconhecida como uma das principais formas de tratamento dessas disfunções. Os músculos do assoalho pélvico têm a responsabilidade no suporte dos órgãos (bexiga, útero e intestino), na continência urinária e fecal. O tratamento fisioterapêutico é simples, indolor, de baixo custo e não invasivo e as técnicas mais utilizadas pela fisioterapia pélvica para o tratamento da incontinência urinária são:
Treinamento dos músculos do assoalho pélvico: através de exercícios específicos, o paciente consegue identificar os músculos e realizar o treino individualizado para a disfunção apresentada.
Eletroestimulação: utilizada no fortalecimento dos músculos de assoalho pélvico, melhorando a função urinária, aprimorando coordenação e força desses músculos e inibindo as contrações da musculatura detrusora.
Cones vaginais: são pesos que variam de 20g a 100g para o treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico nas atividades diárias – orienta-se a inserir o cone na vagina durante 15 a 20 minutos e caminhar. Há uma sensação de perda do cone, ocorrendo uma contração dos músculos do assoalho pélvico.
Terapia comportamental: o paciente é orientado sobre a ingesta de líquidos durante o dia e a noite, alimentos e bebidas que irritam o músculo da bexiga e regulares intervalos de micções.
Vale ressaltar que em casos mais graves o tratamento pode ser associado a medicamentos e cirurgia de acordo com a recomendação médica.
É possível chegar a terceira idade e não sofrer com incontinência urinária. As formas de prevenção estão relacionadas a hábitos saudáveis como:
A associação entre incontinência e excesso de peso se dá pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, causado pela gordura abdominal, o que leva à chamada incontinência de estresse.
Consequentemente, quando se está acima do peso, aumenta o risco de que uma simples tosse ou uma risada leve à perda de urina involuntária. Pelo mesmo motivo, em alguns casos, a perda de peso pode ser suficiente para aliviar o problema.
Entre os vários efeitos colaterais do tabagismo, há também um risco aumentado de incontinência. Além disso, a nicotina tem sido associada à incontinência de urgência, caracterizada pela súbita necessidade de fazer xixi.
Alguns estudos mostraram que atividades leves como ioga e pilates podem ajudar a prevenir a incontinência. Já atividades pesadas como crossfit, podem agravar o quadro. Mas, é certo que, atividades moderadas, e que ajudam a manter o peso, são maneiras eficazes para prevenção da incontinência urinária.
Eles irritam a bexiga, e estão fortemente associados à incontinência de urgência. A mesma recomendação também se aplica a bebidas carbonatadas, adoçantes artificiais, alimentos apimentados e frutas cítricas (sucos incluídos).
Os músculos do assoalho pélvico podem pagar pelas consequências. Em vez disso, peça conselhos ao seu médico sobre como resolver problemas intestinais; uma dieta rica em fibras pode ajudar bastante.
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